Relato de Alta

Não é simplesmente subir numa estrutura cilíndrica, metálica, fazer força nos membros superiores e inferiores, e rodar. Requer equilíbrio, concentração, treinamento, tempo e, sobretudo, resistência. Não digo da resistência física, mas da resistência mental e da resistência as pressões externas e internas. Equilibrar-se é um processo difícil – e nunca o ponto final. Você me disse, emocionada: ‘agora eu cuido do meu corpo’. E foi aí que você reconheceu seu ponto de equiíbrio, e entendeu que ele está entre o teto e o chão, assim como você fica quando consegue se virar no pole. Ali, naquela posição invertida, você esquece o reflexo do espelho... você está tão focada em fazer seu corpo trabalhar da maneira mais funcional possível, que todas as dores que criou com o tempo, se tornam uma força que te faz realizar algo que nunca pensou conseguir. Vou ficar na torcida para um dia te ver na plateia. Como aquele dia que me enviou um vídeo animada, porque finalmente conseguiu se filmar para observar o próprio movimento – e um olhar sem julgamento, percebeu e a beleza que nosso corpo é capaz. .
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Toda vez que dou uma alta, fico reflexiva e com vontade de escrever. Deixo aqui meu carinho por mais uma paciente que trabalhou com tanta entrega! #naocontocalorias #ncc

marina nogueira