Como os nossos pais?

Eu sempre ouvi da minha mãe que eu era (pra ela eu ainda sou, hahaha) desorganizada. E até pouco tempo atrás eu realmente acreditava nisso: que eu era desorganizada. Até que comecei a perceber que as pessoas ao meu redor me acham … organizada! Dois momentos me marcaram muito: Um dia foi uma tia que me falou sobre como eu guardava os sapatos e roupinhas da Barbie “tão direitinho, tudo bem organizadinho”. Depois foi um amigo de infância que disse: “lembra quando brincávamos de banca de jornal? Você era tão organizada com as revistinhas!”. E aí caiu uma ficha: por muito tempo eu me achei desorganizada. Não porque sou, mas porque minha mãe afirmava isso para mim repetidas vezes. Como a percepção que temos de nós e do mundo perpassa pelas afirmações e apontamentos das nossas mães, pais e responsáveis, não teria como eu me sentir organizada com minha mãe afirmando o contrário.

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Lisboa

Em abril desse ano (2022) passei alguns dias em Lisboa. Já havia ido em 2019, mas confesso que naquela ocasião, não tinha amado a cidade - apesar de ter gostado bastante da gastronomia. Dessa vez foi diferente: amei a viagem, amei a cidade, recomendo e vivo sugerindo para que as pessoas visitem. Claro que quem me conhece sabe que meu amor pela Itália é eterno e insubstituível, mas as terras lusitanas vem ganhando cada vez mais espaço no meu coração.

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O Pão de queijo da Marietinha

Quando eu era pequena lá em Belo Horizonte, eu tinha um amigo que morava no prédio ao lado. Vivíamos um na casa do outro e crescemos juntos. Somos grandes amigos até hoje. A mãe dele, Marietinha, dirigia uma Brasília amarela e nos levava pra aula. Depois da aula, brincávamos na pracinha em frente a escola e comíamos Pão de Queijo da Boca do Forno. Confesso que ia lá mais pelas vendedoras da Boca do Forno (elas adoravam ver o jeito que eu passava o batom certinho sem nem olhar no espelho) do que pelo pão de queijo. É uma delícia. Mas nada se comparava ao pão de queijo da Marietinha.

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Antes e Depois

“Art. 58 É vedado ao nutricionista, mesmo com autorização concedida por escrito, divulgar imagem corporal de si ou de terceiros, atribuindo resultados a produtos, equipamentos, técnicas, protocolos, pois podem não apresentar o mesmo resultado para todos e oferecer risco à saúde.”

Esse é o artigo do Código de Ética do Conselho Federal de Nutrição (2018), que diz respeito ao famoso formato de foto “antes e depois”, amplamente divulgado nas redes sociais. O código de ética é direto: mesmo com autorização, você não pode fazer uma montagem do seu paciente tirando uma foto na frente do espelho comparando antes e depois - e nem usar a sua imagem para tal.

DIa 4 de julho a nutricionista Camilla Estima fez, no seu instagram, uma postagem sobre isso. E eu fui lá acompanhar os comentários. Só faltou a pipoca e o guaraná para ler o que li por ali.

Algumas pessoas sugeriram que isso não devia ser problema porque essas imagens forneciam motivação para quem precisa. Outras questionaram que já tem tanta gente de fora do mundo da nutrição fazendo isso, então qual o problema de nós nutricionistas seguirmos nesse caminho? E teve gente que falou que o mundo evoluiu, e que esse tipo de serviço é essencial para a divulgação do trabalho.

Mas será que essas justificativas são razoáveis? Coloco aqui minha análise sobre o assunto.

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