Inspiração, transpiração ou Frustração?

Há pouco tempo atrás, fui questionada sobre quem eram as pessoas que me inspiravam. . Na hora eu respirei fundo para falar, mas as respostas não apareceram tão claramente. Com exceção de uma ou duas pessoas, não existiam mais nomes para dizer. E parei pra pensar nisso, afinal, não eram só aquelas pessoas que me inspiravam.

Parte do meu trabalho está na internet: alimento um blog que tem como painel o instagram, o facebook, o twitter e outras redes sociais. Mas o instagram é o ‘carro chefe’. E por lá, sigo aproximadamente  700 pessoas. Será porque sigo essas 700 pessoas e não sei responder em quem me inspiro? Como posso gostar tanto de ler e observar pessoas e não notar quais são minhas verdadeiras inspirações?

Pensando bastante sobre o assunto, parei de me perguntar “o que me inspira”. Comecei a me questionar onde quero estar, quais os meus valores, o que pretendo da vida e com a vida, e outras filosofias que vem a tona de vez em quando.

Mas deixando meus devaneios de lado, voltamos para o instagram. Lá na terra sem lei, onde a maioria é feliz (ou está procurando ser) existem diversas inspirações: musas fitness, profissionais de saúde perfeitos, blogueiras de moda super cool e corpos de todos os formatos falando sobre auto aceitação e/ou gratidão. Mas essas pessoas te causam inspiração ou transpiração?

Uma das definições de inspiração é “pessoa que estimula sua capacidade criativa”. Será que essa pessoa que você observa realmente estimula a sua capacidade criativa ou ela apenas te faz transpirar para ser igual a ela? Pare para pensar só um pouquinho se essa pessoa que você segue e se diz ser inspiradora tem (ou parece ter) os mesmos valores que os seus, atrai o mesmo tipo de pessoas ou de coisas que você gostaria e passa a mesma mensagem que você quer passar para o mundo.

E com a transpiração vem a frustração. Aquela sensação de nunca conseguir estar em paz, de nunca alcançar a plenitude – que é o estado do que é inteiro, completo; de totalidade, de integridade. Isso tudo quando, na verdade, sua vida está acontecendo da maneira mais natural que deveria acontecer, com todos os seus altos e baixos. Mas você segue infeliz e se comparando a qualquer pessoa que está preocupada em passar uma imagem que muitas vezes não corresponde a vida real.

Comece com um exercício diário de perceber se aquela pessoa te estimula a fazer algo que é de fato construtivo ou ela te faz querer alcançar algo muito distante da sua realidade e muito próximo da (falsa) perfeição. Se você tenta fazer o que ela diz te inspirar e se sente um péssimo ser humano, talvez ela te leve a transpiração e a frustração, e não a inspiração. Mas se essa pessoa te ajuda a extrair o melhor de você, siga em frente. Além de você, ela também te move.

São essas pessoas que devemos ter por perto.

Até a próxima!

Marina

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Eu recomendo: a Reportagem da Revista Piauí de agosto, “A mãe de todas as perguntas”. Apesar da temática não ser sobre instagram e musas fitness, ela fala sobre uma questão que (ainda) vive no cerne do ser feminino: a maternidade. E se questiona sobre a necessidade de ter filhos para o caminho da felicidade.

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