Receita: Carne de Panela

Eu não sou a maior fã de carne. Coloque um bifão na minha frente e eu não me emociono - só se eu estiver com muita vontade! Mas uma carne moída ou desfiada, eu adoro!

Não sei porque meu paladar é esse, mas revisitando minha infância e adolescência, minha mãe não era a mãe do bife acebolado. Ela era a mãe da carne moída: toda segunda feira era carne moída, chuchu, arroz e feijão. Nesse dia eu comia carne. Minha avó fazia uma moela de frango que só ela, e essa eu me esbaldava. Mas no churrasco? Eu como, mas não é o meu sonho. Vai entender!

No dia a dia, quase não faço carne ou frango em casa. Mas não posso deixar de afirmar que é um coringa, porque é fácil fazer e vai bem com qualquer acompanhamento. Um dia desses me deu vontade de comer carne de panela (ou carne louca), bem desfiadinha e temperada. Depois que perdi o medo da panela de pressão, essas vontades tem vindo a tona! Ia receber uma amiga para uma noite de vinho e bate papo e aproveitei pra preparar.

Essa receita é boa pois é versátil: dá pra comer no almoço ou jantar, servir frio de recheio de sanduíche ou quente no pãozinho francês. Sobrou tanto que comi mais uns 2 dias e ainda tem carne congelada no congelador.

Agora bora enfrentar a panela de pressão e fazer essa carne de panela deliciosa - e autoral!

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CARNE DE PANELA #naocontocalorias

800g de coxão duro em cubos

2/3 garrafa de vinho tinto

2 xícaras de talo de salsão em cubinhos

1 talo de alho poró em rodelas

1 cenoura descascada em cubos

2 mandioquinhas sem casca, cortadas em cubos

1 pimenta dedo de moça sem semente

2 dentes de alho em lâminas e 2 dentes de alho inteiros

2 cebolas em cubinhos

Azeite

Sal

Cominho

Pimenta do reino

Coentro (opcional)

PRÉ PREPARO

Separe todos os ingredientes, lave e pique, de acordo com o que pede os ingredientes. Depois, em uma ou duas vasilhas fundas, coloque a carne. Regue com o vinho tinto, coloque 2 dentes de alho inteiros, a pimenta sem semente, 1 xícara salsão, uma pitada de cominho, um pouco de coentro. Se quiser, complete com um pouco de água, misture e tampe com papel alumínio. Deixe na geladeira marinando de um dia por outro. Se não tiver muito tempo, tente deixar pelo menos por 3 horas.

PREPARO

No dia seguinte, retire da geladeira, coe o líquido da marinada, coloque em uma panela pequena, aqueça (não precisa ferver) e reserve. Na panela de pressão, adicione azeite e cebola e refogue bem, até que ela comece a murchar. Com o fogo alto, coloque a carne aos poucos, para que ela doure sua superfície. Pra fazer isso, coloque o cubo carne e assim que ele desgrudar do fundo da panela, você vira o cubo para dourar as outras superfícies. - É muito importante que você não encha a panela toda de carne de uma vez, pois assim ela vai cozinhar e soltar muito líquido - Vá retirando os cubos pouco a pouco até que todos estejam dourados. Adicione depois o alho, a cenoura, o alho poró, a mandioquinha e 1 xícara de salsão, uma pitada generosa de sal e pimenta do reino. Misture bem, adicione a carne e o caldo aquecido da marinada. Complete com água, tampe a panela de pressão e cozinhe por 40 a 50 minutos depois de pegar pressão.

Desligue o fogo, espere a panela esfriar totalmente e retire a tampa. Misture com um garfo, para amassar os pedaços que ainda estiverem inteiros (cenoura e mandioquinha, por exemplo). Prove, acerte e pronto!

Dica 1: com papel alumínio, a carne não escurece tanto. Se você cobrir com papel filme, talvez ela escureça mais.

Dica 2: marinar de um dia para o outro é ideal. Mas se não der, 3 horas de marinada já ajuda bastante.

Dica 3: pra não ter medo da panela de pressão, é só não encher a panela com mais de 2/3 do seu volume e nunca cozinhar sem líquido. Também aprendi que não dá, de jeito nenhum, pra colocar a panela embaixo da água corrente pra pressão sair mais rápido: apesar de muita gente fazer e recomendar isso, já soube de problemas sérios com essa técnica, então melhor não arriscar. O negócio é ter paciência e esperar a pressão sair!

Espero que ajude e inspire vocês a prepararem uma deliciosa carne de panela!

Até a próxima,

Marina