TBT: Mi Buenos Aires Querido

Mi Buenos Aires querido....
cuando yo te vuelva a ver...
no habrá más penas ni olvido...

Nesse feriado de carnaval, viajei para Buenos Aires. Foi a terceira (e melhor!) vez que estive lá. Adoro as ruas arborizadas, aquele clima meio decadence avec elegance, a gastronomia e a arquitetura. 

Para planejar minhas viagens eu sempre uso a internet e algumas recomendações de amigos e conhecidos. Mas o que me ajuda MESMO são os reviews e os textos das pessoas que já estiveram no meu destino. Então decidi também deixar minhas experiências aqui, pra servir de mais material para quem for viajar!

Dessa vez fiquei 4 dias em Buenos Aires - embarquei na sexta a noite e voltei na terça a noite. Como já havia ido outras 2 vezes, fiz poucos passeios turísticos e andei MUITO  (cerca de 20km/dia!). Eu adoro caminhar e acho que é uma das melhores maneiras de entender a cidade. Tênis (ou sapato confortável) no pé e lá vamos nós pra 4 dias de Buenos Aires

Sábado (dia 1)

Depois de tomar café no Hotel, fomos dar uma volta em Palermo. Até que descobrimos que 1) as lojas não abrem cedo como no Brasil, 2) carnaval também é feriado por lá. Fomos então para o Rosedal e depois ao Malba. O Rosedal é LINDO! Um parque cheio de roseiras maravilhosas, super bem cuidados, com pérgolas lindíssimas também. Vale a visita.

O Malba é o Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires. Nessa ocasião estava acontecendo a exposição México moderno. Vanguardia y revolución, com algumas obras de Frida Kahlo, Diego Rivera, María Izquierdo; além da exposição permantente Verboamérica - com obras de Tarsila do Amaral e a queridinha aqui de casa, Claudia Andujar.

Mas vamos falar de comida?

Antes de entrar no Malba, sentamos no Ninina Bakery, um café charmosíssimo no próprio museu. Decidimos tomar uma cervejinha e não comemos nada por lá, então não sei falar se a comida é boa. Mas vale a pena a visita, só pela beleza do lugar!

Depois sentamos na Casa Cavia, um restaurante LINDO pertinho do Malba. Pedimos uns lagostins - que veio com um pão delicioso acompanhando - um vinho e nos enviaram um amuse bouche lindo e gostoso (pena que não me lembro mais do que era!). Sei que vinham flores comestíveis e que fotografei!

A noite fomos ao Tegui, ranqueado na The worlds 50 best. Com um menu degustação fixo e uma entrada misteriosa (apenas uma porta num muro cheio de colagens) , fomos com expectativa alta. Depois de provar o menu degustação do  Franceschetta 58 (em Modena), achei que teria a mesma surpresa. Mas para ser sincera, não me agradou. Não achei algo imperdível. Apesar de explorarem ingredientes locais e trabalharem numa apresentação linda, não encheu meus olhos e nem minha barriga. Sou zero pão dura para jantar ou almoçar em algum lugar, porque tem experiências que não tem preço, mas esse aí me fez arrepender do que gastamos. Se você pretende ir ao Tegui, vá. Afinal, tem pessoas que já descreveram como maravilhoso, outras não gostaram - é bem pessoal. Mas o meu conselho é: baixe sua expectativa

1) Rosas do Rosedal 2) Pergola no Rosedal 3) Ninina Bakery no Malba 4) Torta doce no Ninina 5) Produtos artesanais Ninina 6) Entrada da Casa Cavia 7) cardápio fofo da Casa Cavia 8) Amuse Bouche na Casa Cavia 9) Lagostin

Domingo (Dia 2)

Domingo é dia de feira de San Telmo e lá fomos nós caminhando rumo a feirinha de antiguidades mais famosa de Buenos Aires. Antes, paramos no mercado de San Telmo, bem perto da feira. Algumas lojas de antiguidade, outras de cerveja, algumas de tempero, até que paramos em uma movimentadíssima loja de empanadas. Quase na hora do almoço? Sim. Mas depois de uma longa caminhada, a fome já começava a bater. Compramos um 'combo' de 3 empanadas + 1 cerveja e fizemos uma boquinha. Apesar do batalhão de gente na porta, insisti e consegui ficar bem na frente do responsável pelas empanadas e fiquei observando a montagem de cada uma delas. 

Eu havia selecionado dois possíveis restaurantes para San Telmo: La Brigada e Desnível. Mas recebemos indicação de outro restaurante através de um amigo e fomos pra lá: Taberna Baska. O restaurante é bem antigo (beeeeem mesmo!), mas o garçom foi super simpático, assim como os preços e o cardápio. Começamos com um camarão de entrada e completamos com um Fideua de frutos do mar delicioso. A gente costuma dividir os pratos e as entradas, porque assim a gente não fica super cheio, experimenta de tudo e sobra um espaço pro vinho/ceerveja e pra possível sobremesa (que não rolou nesse caso).

A noite, depois de andar quase 20km num dia só, decidimos ir direto para o jantar e também através de indicações de amigos, fomos ao Siamo Nel Forno, uma pizzaria super delícia em Palermo (e um salve para a garçonete Paula, suuuuper fofa e simpática). 

 

1) El Hornero - a empanada do mercado de San Telmo 2) As empanadas 3) Fideua de frutos do mar 4) Admirando o Fideua 4) Pizza no Siamo Nel Forno

Segunda Feira (dia 3)

Na segunda feira era dia de Don Julio. Fizemos a reserva pela internet (ainda aqui no Brasil) numa casa de carne recomendada por uma amiga e pela internet. Mas antes, logo depois do café da manhã, paramos para tomar outro café em um lugar super fofo que passei na frente nas nossas andanças, o La Panera Rosa. O lugar é todo cor de rosa, uma fofura! Como já haviámos tomado um café da manhã completíssimo, tomamos um cafézinho e dividimos uma espécie de Alfajor com Doce de Leite. Depois fomos ao tal Don Julio e saímos totalmente felizes e satisfeitos. Pedimos e dividimos uma entrada de produtos de chacrutaria local (linguiças diversas) e, de prato principal, divimos um 1/2 assado de tira. Eu amo carne com osso, e estava divino. Além disso, as cebolas que acompanhavam estavam igualmente deliciosas. Ao reservar eles perguntam onde você quer se sentar, e a gente optou por ficar na parte superior, dentro do restaurante. Valeu a pena, porque dava para observar todo o balcão e o movimento lá embaixo. Achei o preço super honesto.

A noite, depois de andar mais e mais (lá se foram mais 20km), fomos comer uma empanada bem falada na internet (e nas indicações): San Juanino. O lugar também é beeeeeeeeem antigo e os garçons não dão um show de simpatia. Mas... tudo em prol de uma comida típica, né? Depois de uma espera pequena, escolhemos as empanadas e posso dizer que valeu a pena. Quentinhas, gostosas e variadas. Pra quem comeu um monte de carne no almoço, uma refeição mais leve no jantar foi a melhor pedida. 

OBS: não tirei fotos decentes do Don Julio! Acho que a carne estava tão boa que não deu tempo de fotografar!

1) MURAL FOFO NO LA PANERA ROSA 2) UMA ESPÉCIE DE ALFAJOR DE DOCE DE LEITE 3) EMPANADAS IGUALMENTE MORDIDAS E DIVIDIDAS, ALÉM DA QUILMES LITRÃO GELADINHA

Terça Feira (dia 4)

No ;ultimo dia decidimos tomar um café da manhã fora do hotel, pra poder atrasar o almoço - já que iríamos no final da tarde para o aeroporto. Numa das minhas pesquisas, havia lido sobre o bairro Vila Crespo e seus cafés. Escolhi o Malvón, que mereceria um post a parte de tão legal/delicioso que é. 

Pedimos um café da manhã, dividimos e sobrou MUITA comida. Então, se estiverem por lá, façam do café da manhã um brunch. Pedi um café que veio numa xícara tão grande que mais parecia um balde! Mas tudo estava super gostoso e o ambiente é lindo!

Depois, saímos andando (de novo!) por aí, até que, depois de tentar tantos restaurantes que havíamos pesquisado antes, paramos em um local também recomendado, mas que não achei que valesse a pena. O local se chama Birkin e, a única coisa interessante que acabei comendo por lá foi um homus de beterraba (e olha que eu nem gosto de beterraba!). 

1) Malvón, super fofo 2) Os pães lindos do Malvon 3) O café da manha para compartilhar (a limonada não saiu na foto, mas é deliciosa!) 4) A torta doce de maçã do café da manhã 5) O homus de beterraba do Birkin 6) Esse rolinho com vegetais e lagostins. Interessante, mas nada super emocionante!

Outras informações:

Tentem se cadastrar no Eco Bici (sistema de bicicleta de Buenos Aires) antes de viajar. Não é simplesmente chegar nos pontos de bike e retirar a bike - em Paris, por exemplo, é super fácil. Você precisa fazer um cadastro, mandar um email, esperar uma resposta... Queria muito ter andando de bike, mas essa burocracia latina não permitiu.

Para o transporte público (ônibus ou metrô) você também precisa fazer um cartão, não dá para ir na raça, só com dinheiro. 

Nas outras vezes que fui a Buenos Aires visitei outros lugares. Alguns valeram a pena, outros não, por isso vou recomendar o que valeu a pena! Em 2011 (ou 2010?) fui ao Gran Bar Danzon (adorei!) e ao Sucre. Em 2014 assisti o espetáculo Fuerza Bruta (muito legal!), fui ao El Muelle e almocei no La Cabrera (não me emocionou, mas dá pra ir). 

Sugiro que troque dinheiro nas casas de câmbio lá em Buenos Aires. Não sei quanto a emissão de notas falsas, mas sei que trocando lá, você sai ganhando mais do que trocando aqui. 

Esse foi meu roteiro gastronômico e andarilho em Buenos Aires. Gostaram desse tipo de post? Querem mais? 

Beijos e até a próxima!