Emagrecer por que ou para que?

Vamos deixar os radicalismos de lado.

Muita gente já se cansou da tal ditadura da beleza: tem que ser alta, magra, malhada, sem celulite, sem espinha, sem olheira, sem gordurinha. Todo mundo querendo ser igual a capa da revista ou a instafitness do momento. 

Essa história de 'sentar sem dobrar' já encheu a paciência. Fato.

Desejar ter o corpo do outro é uma busca sem fim. Afinal, você é você, ela é ela e o mundo continua girando. Geralmente queremos ser alguém para alcançar o que aquela pessoa tem - e 'ser para ter' só provoca frustração.

Todo mundo concorda comigo né?

Mas isso não quer dizer que devemos excluir a vaidade da nossa vida. Sim, porque ter vaidade é legal, faz bem e é lindo de se ver!

- Atenção: vaidade e futilidade não são a mesma coisa! -

Mais legal ainda é ser sincera com nossos sentimentos.

Algumas mulheres querem emagrecer, ou endurecer o bumbum, ou diminuir a celulite, ou colocar silicone, e por aí vai. Pelo simples fato de se sentirem bem assim. Elas querem isso ou aquilo POR QUE se amam. E não PARA serem amadas. 

Entende a diferença?

Primeiro vem o amor próprio, a auto estima, ser feliz com quem você é, se preocupar com sua saúde. Depois vem o anseio feminino. Alguns dizem 'mulher nunca está satisfeita'. 

Depende.

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Se você quer emagrecer para ser amada por ser magra, realmente você nunca estará satisfeita.

Se você quer emagrecer por que sabe que isso te faz sentir melhor, independente se alguém irá aprovar ou não, mãos a obra!

Não estou incentivando a busca de níveis baixíssimos de gordura corporal, adoção de comportamentos alimentares totalmente deturpados, e nem quero que priorizem a estética acima da saúde e/ou caráter. 

Saúde é prioridade, auto aceitação é essencial e comer está entre as melhores coisas da vida. Querer emagrecer - ou realizar qualquer modificação estética que tenha a alimentação como peça fundamental - faz parte da vontade de várias pessoas. Esse desejo deve ser respeitado, entendido, e sobretudo, conversado com um profissional que saiba te escutar, mas observe o seu bem estar acima de tudo.

Emagrecer (que é a discussão central aqui) depende muito mais de uma adequação comportamental do que de uma modificação alimentar. Afinal, não é do dia para a noite que você deixa o pacote de biscoitos recheados e se sente infinitamente mais feliz comendo uma maçã só porque o nutricionista 'mandou'. O bom profissional antes de prescrever deve entender o comportamento alimentar do seu paciente. O paciente que quer modificar sua alimentação deve, antes de seguir qualquer dieta, escutar o próprio corpo: mente e coração.

Algumas pessoas não querem emagrecer. Estão com a saúde tinindo. Palmas para vocês, continuem seguindo o caminho e sendo exemplo de 'imagem não determina valor' - já dizia Paola.

Outras pessoas (pensam que) querem emagrecer, mas quando se deparam com tantas modificações, se tornam neuróticas, infelizes e frustradas. Será que vale a pena? Será que manter a boa saúde com um peso considerado 'fora do padrão' e ser feliz não vale muito mais a pena?

E por final, existem aquelas que querem emagrecer. Elas desejam uma silhueta ais magra por que já são muito felizes, cheias de amor próprio, e sentem que a perda de peso será apenas a cereja do bolo que elas não deixam de comer.

O importante é ser feliz de alma e corpo, nessa determinada ordem.

E você, quem você é?

Beijos,