Agenda

Montar uma agenda de consultório não é tarefa fácil. Assim que começamos a atender, esperamos ansiosos pelos pacientes. Disponibilizamos uma variada gama de horário, caímos (ou quase) em tentações de chamadas do tipo ‘como lotar sua agenda em poucos passos’, sofremos ao ver um dia desocupado. Todo mundo passa por isso.

Com o tempo, percebemos que essa ansiedade é por algo que não conseguimos controlar e que, por mais que a gente se esforça, as coisas não fluem na velocidade que gostaríamos. Portanto, algumas coisas que aprendi - e venho aprendendo! - são muito importantes. Vou pontuá-las aqui nesse post:

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Viagem: NY

Decidi refazer esse post que havia feito em julho de 2018, acrescentando outras dicas!

Nova York é uma cidade muito louca. E imperdível. A primeira vez que fui (em 2011) fiquei encantada com seu tamanho, sua magnitude. Fiz todos os pontos turísticos possíveis e algumas compras (saudades dólar 2:1!). Na segunda vez, adorei conhecê-la de uma maneira diferente, não turística, com pessoas que vivem lá. Mas não sei porque, senti uma opressão da cidade. Pensei que já tinha dado de NY por um bom tempo,  e em seguida veio Tokyo roubando meu coração. Achei que a paixonite por NY ia acabar de vez... Mas voltei outras vezes e mudei minha cabeça novamente: NY is always a good idea.

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Começando o Consultório

Me lembro até hoje quando fui atender meu primeiro paciente. Antes mesmo de tem um consultório, fui até a casa dele. Em BH, na Rua do Ouro. Um amigo me recomendou e lá fui eu, com balança, fita métrica, papel e caneta embaixo do braço. Tinha 23 anos e nunca tinha atendido ninguém - com exceção dos estágios obrigatórios.

Estava com medo? Claro. Me preparei pro momento? Muito! Fiz uma extensa ficha de anamnese. Também não tinha receituário, então fiz um no computador, imprimi e fui.

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Viagem: Portugal

Em Junho desse ano fui conhecer Portugal. Eu e minha mãe embarcamos rumo a Lisboa para passar uma semana conhecendo mais do país de onde saiu Dom João- ou fugiu, segundo o livro 1808 de Laurentino Gomes.

Em algumas horas estávamos em terras Portuguesas, prontas para experimentar os famosos doces e animadíssimas para comer muito bacalhau.

Aqui nesse post eu reuni alguns lugares que visitei, minhas impressões e dicas para quem está indo.

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Quando não vou mais pensar em comida?

“Quando vai chegar o dia que eu nunca mais vou precisar pensar em comida?”

Nunca. Eu espero que esse dia demore a chegar, pois quando ele chegar, você não estará mais viva.

Essa idéia de que estabelecer uma boa relação com a alimentação significa não pensar a respeito dela é uma expectativa muito comum de quem não quer mais fazer restrições. Como se a boa relação com o alimento fosse um ponto final, e não um caminho.

E é justamente esse o detalhe: depois de tanto tempo de dieta, fica difícil tornar as escolhas tão intuitivas e automáticas. Se desesperar porque está pensando muito em comida é comum, mas costumo dizer para os pacientes que pra pensar pouco em comida, você precisa pensar muito nela antes!

Quando se está de dieta, o pensamento também existe e é constante. Ficar analisando se isso ou aquilo engorda/emagrece é algo que acontece o tempo todo. Não é apenas no momento da refeição, mas antes e depois, e de uma maneira muito desgastante.

Mas aí você decide que não quer mais viver numa prisão e procura ajuda. A nutricionista que te ajuda vai te usar várias estratégias ao longo do tempo: entender como funciona sua alimentação, estruturar sua alimentação, te questionar sobre seus sinais físicos de fome e saciedade, observar suas crenças e respeitar suas vontades e fragilidades. Te guiando, você segue o caminho.

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Máscara de Oxigênio

Ao entrar num avião, você provavelmente irá escutar (ou ler) as normas de segurança do vôo. E até quem nunca voou conhece a famosa frase ‘em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão sobre as suas cabeças'. E logo depois desse anúncio, o aviso: ‘coloque a máscara primeiro em você, e depois em quem está do seu lado.’

Essa advertência é muito usada para mostrar o quão importante é se cuidar para depois cuidar do próximo. E na área da saúde (principalmente mental), essa afirmação faz total sentido.

Mas de alguma maneira, o mundo da nutrição parece se esquecer disso. Talvez porque nós nutricionistas ainda somos vistos como exemplo estético e o auto cuidado ainda está muito vinculado ao peso. Ou seja: se você estiver magro, sinal que está se cuidando e apto a cuidar de outro - ignorando o fato da nossa classe ser grupo de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares.

Nos dias atuais isso significa que se você é magra(o) - e faz questão de mostrar isso para o mundo e expõe sua alimentação perfeita e clean diariamente para o instagram, você está se cuidando (e prontíssima(o) para cuidar do outro).

Mas a verdade é outra…

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Gravidez, alimentação e expectativas

“Tudo bem se você virar uma comedora de Club Social”, foi o que a médica me falou na minha primeira consulta pré natal. Com 4 semanas de gravidez e ainda sem nenhum sintoma, saí do consultório pra casa tranquila e pensando sobre minha organização alimentar nos próximos meses.

Então começaram as minhas reflexões sobre esse período que gera tanta fantasia no imaginário das mulheres. Passada a fase difícil, decidi escrever sobre isso, considerando minha experiência no consultório com outras gestantes, a observação do meu próprio corpo e minhas percepções sobre as informações divulgadas acerca desse assunto.

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No Netflix: Homecoming

Homecoming é o filme/documentário sobre o show de Beyonce no Coachella de 2018. Após um tempo fora de turnê, Beyoncé retornou como atração principal no palco do festival californiano. Como a primeira mulher negra a ocupar essa posição, Beyoncé preparou um verdadeiro show, que fez Khaled apelidar o evento de Beychella, tamanho o espetáculo.

O show não marca somente a volta da diva pop, mas também é uma grande oportunidade de reflexão sobre os negros. Beyoncé convidou estudantes negros de universidades historicamente negras para compor a grande banda universitária, que compartilhou o protagonismo com a cantora.

As mulheres também são lembradas nas letras apresentadas, como Me, myself and I, Run the World, Flawless, entre outras. É um show de cor, música, dança, e até quem não é fã da Beyoncé fica de boca aberta.

Mas em uma das cenas, Beyoncé entra num tema polêmico: dieta.

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Respeitável Fome

Dos princípios básicos do comer intuitivo está ‘respeitar a sua fome', ou ‘honrar a sua fome’. Isso significa não negligenciá-la, perceber como ela surge, como ela se manifesta, e como ela vai embora, através de sinais e sintomas físicos e comportamentais.

2. Honre sua fome: mantenha seu corpo alimentado com energia e carboidratos suficientes. Caso contrário, você poderá começar a comer em excesso. Uma vez que você atinge o ponto máximo da fome, todas as tentativas de moderar e comer conscientemente se tornam passageiras e ineficazes - retirado do texto ‘Comer Intuitivo - Intuitive Eating - GENTA'.

Depois de muitos anos de dietas, restrições e tentativas de emagrecer, esses sinais de fome e saciedade se perdem. Algumas pessoas só percebem que precisam comer quando estão numa escala ‘10’ da fome: sentem dores de cabeça, tremores, irritações intensas e precisam comer o quanto antes.

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Salada Gostosa: um guia

Hoje postei nos stories, lá no instagram, como eu faço para ter uma salada fresca e gostosa sempre em mãos. Deixei salvo nos destaques, e decidi eternizar em foma de post aqui.

Salada é uma coisa bem controversa. Tem gente que adora, não vive sem. Tem gente que dispensa com facilidade, e esse grupo se divide em duas possibilidades: os que realmente não gostam (questão de paladar, hábito, não dá pra julgar) e os que não curtem porque só entendem salada como aquelas folhas de alface, umas rodelas de tomate e uma cebola picada. Assim eu também não gosto não, prefiro deixar pra lá.

Se você se reconhece como a pessoa que gosta de salada, mas só aquelas de restaurante, bem rebuscadas, esse post é pra você.

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Balança é equilíbrio?

Fiz uma enquete outro dia. Perguntei quem tinha balança em casa, desde quando se pesavam com frequência e com quem haviam aprendido. 60% respondeu que tem balança em casa. Desses 60%, 27% disseram que se pesam desde a infância, e 54% das pessoas que se pesam desde a infância disseram que aprenderam o hábito vendo os pais se pesando.

Se pesar pode ser bom ou ruim: há quem se beneficie do ato de subir ba balança de tempos em tempos, porque isso pode auxiliar a se manter num peso que elas julgam interessante, na ausência de restrições e dietas. Sabe aquela pessoa que tem uma boa relação com a comida, não vive de dieta, nunca tem alterações grandes de peso e vive uma relação de neutralidade com o próprio corpo? Se você é essa pessoa - ou seja, não sofre pra se pesar, não se escraviza pelo número e mantém um peso sem grandes oscilações de número e comportamento - siga no seu hábito.

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Gordofobia Médica

Quando me formei, comecei minha vida no consultório de um médico que tinha uma idéia diferente da que eu tinha sobre obesidade. Me formei na faculdade de nutrição junto com centenas de outras nutricionistas que acreditavam (e várias ainda acreditam) que para emagrecer bastava ‘fechar a boca’ e que ‘todo gordo é assim por preguiça/falta de vontade/etc’.

Eu também acreditava que todo gordo mentia no consultório - lembrando que aqui não uso a palavra ‘gordo’ como algo pejorativo, mas como uma característica física. Aquele papo de ‘eu como pouco e mesmo assim não emagreço’ não tinha uma razão para mim.

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Põe No Freezer: Feijão

Eu amo o feijão vermelho. E também o preto! Aqui em São Paulo, come-se o carioquinha - que não sou muito fã. Mas se tem feijão fresquinho, eu não recuso.

O problema é cozinhar feijão todo dia. Haja paciência! Por isso o legal é congelar pra sempre ter em casa. Só que tem gente que não curte feijão congelado, diz que não é a mesma coisa. Mas sabia que dá sim pra deixar o feijão congelado com cara de novo? #PõeNoFreezer o feijão que eu te ajudo a aproveitar.

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